Open Data para um sociedade aberta
Open data, como é conhecido os public datasets, dados públicos disponibilizadas à sociedade é parte da tendência em direção a solução coletivas para problemas coletivos.
Dados abertos são dados que foram disponibilizadas ao público e que podem ser analisados utilizados e reutilizados, além de compartilhados com os outros. Este movimento esta ao lado de outros com o software livre, o moderno hardware livre, além da indústria criativa. Na academia temos movimentos de acesso aberto a publicações científicas, a chamada ciência livre.
O movimento parte do principio que a característica que elas têm é o Copyleft, a permissão de uso aberto, ao invés de direitos autorais. As pessoas muitas vezes confundem licenças de uso livre com licenças Creative Commons. Creative Commons é uma organização sem fins lucrativos, dedicada a incentivar e difundir obras criativas cujo autores e as pessoas ou empresas que utilizaram os dados, estejam a salvo de riscos legais provenientes do conhecimento presente no material compartilhado livremente. Já o Copyleft é a opção por deixar aberto o recurso da obra autoral para uso livre.
Vários governos começaram a liberar dados livres para consulta e utilização. Os governos geralmente fornecem esses dados de modo que ele possa ser usado por analistas e cientistas de dados visando construir soluções open-source, com base nas informações fornecidas para resolver problemas sociais ou para beneficiar a sociedade em geral.
O ponto de partida foi 2013, o G8 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, Alemanha, Japão, Itália e Canadá), assinou uma carta comprometendo-se a abrir os dados, priorizando as áreas de estatísticas nacionais, resultados eleitorais, orçamentos governamentais e mapas nacionais.
O movimento de um governo aberto promove a transparência e a prestação de contas do governo e incentiva a participação do público.
Do ponto de vista tecnológico, a utilziaçnao de uma massa de dados variáveis reais ajuda a desenvolver modelos e validar resultados, tanto em máquinas de aprendizado como em Big data. ë possível saber mais sobre estas iniciativas por meio da Open Data Foundation, que reúne empresas e pessoas interessadas em trabalhar com dados abertos.
Blockchain: vamos entender seu uso?
Parte de minha missão profissional é interpretar tecnologias e saber como usa-las em projetos de gestão da informação e documentos. Dias desses precisei saber mais os diferenciais da Blockchain.
Digitalizar documentos é dar a cada usuário a informação que precisa
A transformação digital deve considerar diferentes tipos de conteúdos digitais: os documentos arquivísticos e a informação digital, que têm tratamentos diferenciados
Um decreto vale mais que várias leis
O decreto 9.235/17 desautoriza o Arquivo Nacional em sua função de determinar a gestão documental, repassando para o MEC a prerrogativa de definição da temporalidade documental. Primeira vez que eu vejo um decreto ser mais forte que uma lei, a 8.159/91 no caso, que estabelece o papel do AN, este órgão do MJ.
O mesmo decreto também passa por cima de outras Leis. O prazo e as condições para que as IES e suas mantenedoras convertam seus acervos acadêmicos para o meio digital e os prazos de guarda e de manutenção dos acervos físicos serão definidos em regulamento a ser editado pelo Ministério da Educação.
Pela atual legislação brasileira, a única forma de conversão de formato para garantia de autenticidade é por meio da Microfilmagem. LEI Nº 5.433, DE 8/5/68. Ainda, a Lei da digitalização Nº 12.682, DE 9/7/12, afirma em seu Art. 6o que “Os registros públicos originais, ainda que digitalizados, deverão ser preservados de acordo com o disposto na legislação pertinente.”
Ou seja, o AN perde cada vez mais seu papel de gestão e a estrutura legal brasileira cada vez mais bagunçada. Um decreto vale mais que várias Leis.
Tendências para a gestão e preservação da informação digital
Lançado dia 30/11, dia Internacional da Preservação Digital a obra:
“Tendências para a gestão e preservação da informação digital”
Com a participação de diversos autores da américa latina, a obra aborda novas aplicações e visões para a gestão documental e para a preservação.
Organizado pela equipe da Rede Cariniana o livro é o resultado de uma parceria entre o Ibict e a Universidade de La Salle, de Bogotá – Colômbia. A proposta de publicação surgiu após a realização de um evento internacional em 2015 na Universidade de La Salle, com a ideia de se publicar alguns dos trabalhos apresentados no evento e outros de especialistas em informação digital.
O resultado final aborda assuntos relacionados com a gestão e preservação da informação digital, mencionando algumas tendências presentes em diversos projetos de pesquisa nacionais e estrangeiros. Alguns dos temas foram a internacionalização e virtualização da ciência, o fenômeno de big data e gestão dos dados de pesquisa expõem fatos que afetam o desenvolvimento da ciência e seus efeitos na sociedade atual.
Colocar em evidência os aspectos informacionais no desenvolvimento da e-science contribui para a compreensão do papel dos profissionais da informação na gestão de dados, em contextos geográficos e tecnologicamente diversos.
Os autores desta obra discorrem sobre formas de apropriação do patrimônio científico e cultural, utilizando tecnologias digitais, integrando eixos conceituais e empíricos, com preposições orientadoras para a gestão digital na sua interdisciplinariedade, cooperação e hipermediacionalidade.
Disponível em: http://livroaberto.ibict.br/handle/123456789/1069
Veja o lançamento online, com depoimento de parte dos autores:
Contra a Desmaterialização de documentos: a Transformação Digital
A desmaterialização de documentos, o mantra da nova maioria que governa o país, pode acabar com a memória nacional a partir do PL 7920 / 17.