Relação da Arquivologia, Gestão de Documentos, SIGADs e RDC-Arqs com a Inteligência Artificial

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A gestão de documentos é uma área que tem se beneficiado do uso da tecnologia, incluindo a inteligência artificial (IA). Um exemplo é o prontuário eletrônico do paciente, que é a base de apoio para os avanços tecnológicos na área de Saúde 4.0, expressão alusiva à Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0. As inovações nesta área contemplam o emprego de robótica, inteligência artificial e conectividade para a prestação de serviços ao paciente. O emprego de métodos arquivísticos e das tecnologias Blockchain e Smart Contracts pode contribuir positivamente para a gestão dos prontuários eletrônicos do paciente, incluindo a proteção, segurança e privacidade dos seus dados[1].

A arquivologia é uma disciplina que tem como objetivo a gestão de documentos, incluindo a sua organização, preservação e acesso. A gestão de documentos é uma das principais áreas de atuação dos arquivistas, e a disciplina tem se adaptado às mudanças tecnológicas, incluindo o uso de sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos (SIGADs). No Brasil, a gestão de documentos é regulamentada pelo RDC-Arqs, que estabelece as diretrizes para a gestão de documentos em órgãos e entidades do Poder Executivo Federal[2].

Os SIGADs são sistemas informatizados que permitem a gestão de documentos digitais, desde a sua criação até a sua destinação final. Eles são utilizados para a organização, preservação e acesso aos documentos digitais, e podem ser integrados a outros sistemas, como os sistemas de gestão de conteúdo empresarial (ECM) e os sistemas de gerenciamento de registros (RMS). A IA pode ser utilizada em SIGADs para a classificação automática de documentos, a identificação de informações sensíveis e a análise de padrões de uso[3].

A inteligência artificial pode ser utilizada na análise e classificação de documentos arquivísticos por meio de algoritmos de aprendizado de máquina. Esses algoritmos permitem a extração de conhecimentos de dados não estruturados, como documentos textuais, e podem ser utilizados para identificar e classificar conhecimentos presentes nesses documentos. A IA também pode ser utilizada para a classificação automática de documentos, identificação de informações sensíveis e análise de padrões de uso em sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos (SIGADs). 

IA GENERATIVA: A NOVIDADE

A IA generativa é uma técnica de IA que permite a criação de novos dados a partir de um conjunto de dados de treinamento. Na gestão de documentos, a IA generativa pode ser utilizada para a criação de documentos sintéticos que possam ser utilizados em testes de sistemas de gestão de documentos, sem a necessidade de expor informações sensíveis ou confidenciais. Além disso, a IA generativa pode ser utilizada para a criação de documentos de treinamento para sistemas de reconhecimento óptico de caracteres (OCR), que permitem a digitalização de documentos em papel[4].

A IA tem sido aplicada em diversas áreas, incluindo a gestão de documentos. A arquivologia e a gestão de documentos têm se adaptado às mudanças tecnológicas, incluindo o uso de SIGADs, que podem ser integrados a outros sistemas, como os ECMs e os RMSs (gerenciadores de recursos corporativos). A IA pode ser utilizada em SIGADs para a classificação automática de documentos, a identificação de informações sensíveis e a análise de padrões de uso. Além disso, a IA generativa pode ser utilizada para a criação de documentos sintéticos e de treinamento para sistemas de OCR [1][2][3][4].

Citações:
[1] https://www.semanticscholar.org/paper/aed8791e11011fa83fb34e03817d6b9645fc8144
[2] https://www.semanticscholar.org/paper/e7844b097c2e2911150fddc2cbf41d4ffe666fdf
[3] https://www.semanticscholar.org/paper/efc37491e615704c08917cf090fb74361bdef3b6
[4] https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8757162/
[5] https://www.semanticscholar.org/paper/55206cb10d9e9481988eb8891f3317109c417a8f

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